
Criança,
Porque cresceste?
Com as tuas travessuras,
Com as tuas diabruras,
Deixaste de brincar
E de mim te afastaste.
Cresceste,
Deixaste-me só,
Embora sinta o teu Amor,
Eu sinto um tal pavor
da criança não escontrar.
Sinto saudades
Da criança que eras.
Das mazelas que fazias,
Pelas tuas tropelias,
E nos meus braços,
O amparo sentias,
Pois com carinho e afago
Tudo logo esquecias.
As brincadeiras pedias,
e eu, como criança também,
Mesmo sendo tua mãe,
A tudo me submetia.
Eram horas desejadas,
Eram tempos felizes.
Já não és criança,
Cresceste.
A criança em mim, ficou
Ficando a saudade
Do tempo que já passou.
Hoje és mulher,
Mãe e avó,
A tua vida fizeste.
Desejo-te tudo de bom
E que tuas filhas
Te dêem todo o Amor
Que mereces,
Pois a mim nunca faltou.
Muitos Beijinhos.
